quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

ENTÃO É NATAL...O ANO TERMINA...E COMEÇA OUTRA VEZ!

Muito boa noite meus amigos!

Primeiramente, não estou conseguindo postar fotos, só consegui duas...então quando voltar de Kampala do ano novo edito este post com as fotos e se conseguir, com o video!!! Fiz um album no picasa com algumas fotos, elas estão um pouco misturadas mas são praticamente da Babies Home, Vila de Bandali e Kibuye, Natal, Bunguee Jumping, etc... segue o link!
https://picasaweb.google.com/102343473687734629487/JinjaEVilaDeBandaliEKibuye?authkey=Gv1sRgCMGS9-z2_d6dmQE

Como passaram seu Natal? O meu aqui foi muito divertido, passei em Jinja junto ao pessoal da casa e aos amigos que moram em Kampala e vieram passar conosco, foi muito divertido! Como a Julinha me escreveu em uma mensagem que lembrou de mim com essa música, e eu também lembrei dela muitas vezes e fiquei cantando por aqui, criei este postagem de Natal com uma frase da minha música natalina predileta, em homengagem à Druzinha e a todos meus amigos!

Na noite da ceia, a Hanissah e a Adina, meninas da Cingapura, uns amores e suuuuuuuuper divertidas e engraçadas, fizeram uma janta pra nós com comida típica de lá. O pessoal que mora na casa e mais os amigos que fiz em Kampala nos primeiros dias que cheguei na Uganda, vieram para cá apra passar conosco! Jantamos, rimos, trocamos presentes sorteados na hora, e depois fomos para uma baladinha hip hop que tem aqui. Não costumo sair no Natal, sempre fico com minha familia, mas foi muito legal passar com essa nova família de amigos tão queridos que aqui estou fazendo- é praticamente a ONU reunida: Cingapura, Japão, China, Austrália, Brasil, Kenya, Uganda, Holanda...Acho que não esqueci nenhum, hehehe!



Mas aaaaaantes da janta, cedinho de manhã no dia 24, na véspera, fizemos rafting no Nilo! Jinja é o local onde se situa a nascente desse majestoso senhor da águas, que inicia sua jornada na Uganda e termina no Egito...Foi demais, não conseguia parar de rir, de sorrir, estava tão feliz pela oportunidade! Passamos por oito rapids, corredeiras? Não sei direito o nome em português, mas caimos váárias vezes do bote, a primeira queda mesmo fiquei um bom tempo embaixo da água e fui levada pela correnteza, o caiaque de suporte foi me buscar e fui agarrada nele um bom tempo, foi muito legal, hahaha! Me diverti horrores e levei um torrão do sol- Rayray, você que falou que eu estou extremamente vermelha, sim, é verdade: os remédios anti-malária deixam a pele extremamente sensível ao sol, ainda mais a minha, então estou queimando triplamente aqui, mesmo com bloqueador solar!


Foto da foto- Primeira queda no Rafting- Anas e sua cara de desespero.

Voltamos para casa, preparei brigadeiro para as crianças da Babies Home, porque iríamos fazer uma festinha no domingo, e depois preparamos toda a janta aqui em casa...

No domingo fomos para a Babies Home, as crianças receberam uma mensagem Cristã das Caregivers sobre o Natal, seu significado e depois foram tomar banho de piscina na cidade, enquanto nós arrumávamos a festinha surpresa de Natal para elas. Decorei com os balões que trouxe, levamos nossa árvore de Natal, botamos os presentes embaixo da árvore que compramos para as crianças, e esperamos elas chegarem! Elas simplismente adoraram, brincamos muito com elas, dançamos, sorrimos, brincamos... elas amaram o brigadeiro!!! Depois descansamos um pouco, pois a noite foi longa!



Como não fizemos o bunguee jumping no sábado, pois começou a chover, deixamos para fazer segunda: eu, a Bree, da Austrália, e a Jeidi, da China, fomos hoje de manha lá. Está um lindo dia de sol, e nós estávamos super anciosas pra saltar!!!

A Jeidi foi primeiro, depois a Bree e fiquei por último. Foi incrível, eu adoreeeeeeeei sensação de liberdade indescritível! Demorei um pouquinho pra saltar- ok, uns 5 minutos que pareceram uma eternidade-, porque na hora que estava ali com o pezinho na beira da plataforma tremi na base, mas MAN, I DID IT! hahahaha!

 O que eu estava tentando fazer? Meditar na plataforma a 44 metros de altura? hahahahahaha não acredito ainda, talvez seja porque o Tony, um amor de pessoa, que controlava os saltos, ficava dizendo pra mim respirar fundo, concentrar na respiração, olhar pra colina, NÃO PRA BAIXO, e dai lembrei da minha professora de yoga... bom, deu certo! Saltei! E EU VOU SALTAR DE NOVO! VIVAAA!

Não consegui postar o video aqui... A minha internet não é das melhores e o arquivo é grande...Vou tentar outra hora novamente ok!!!

Na segunda tivemos aniversário do Jackson aqui em casa e tivemos uma festinha leve com uma janta estilo ugandesa deliciosa e muita brincadeira em amigos. Brinquei de Twister pela primeira vez com a galera, ri muito, o pessoal é muito divertido, principalmente os da Cingapura, estou fazendo bons amigos por aqui.

Na terça-feira fomos à vila de Bandali e Kibuye novamente, para dar algumas aulas antes do ano novo. Desta vez não trabalhei pois não tive tempo, as mulheres chegaram muito tarde- aqui na Uganda é assim, você fala um horário e na maioria das vezes as pessoas chegam uma ou duas horas depois- então apenas a Hanissah e a Adina ensinaram um pouco de inglês para elas. Semana que vem, depois do ano novo, vou começar a abordar aspectos de contágio de HIV, como prevenir, e também cuidados básicos com higiene. Também demos uma volta com o Albert, que é local da vila, e ele nos levou para conhecer uns amigos que estavam tomando uma bebida típica- eles tinham uns canudos de plástico gigantes e todos tomavam em um galão juntos. Experimentei e tinha um gosto estranho, lembrava cerveja. O pessoal adorou nos receber, todos são muito simpáticos, principalmente as crianças.



Na quarta cedinho de manhã, eu, Albert e o Can fomos correr antes do sol nascer- eu de vestidão, pois na vila ãs mulheres não usam calças, e tenis, foi um tanto esquisito- e foi maravilhoso sentir a brisa da manhã e ver a bola de fogo nos brindar com sua luz no horizonte. Chegamos até o Nilo, e pedimos para um dos pescadores nos levar para dar uma volta em um dos barcos, visto que seria o último dia do Can na vila. Sem nenhuma norma de segurança (colete salva-vidas), como minha mãe diz, embarcamos no senhor das águas- foi incrível! Até paramos para tentar pescar um peixinho. É simplismente lindo, guardarei este momento para sempre...

Estou muito feliz! Agradeço por toda energia positiva que recebi e recebo de todos os amigos e familia, tudo está dando certo e estou tendo incríveis momentos por aqui...Hoje irei para Kampala passar o ano novo.

E aproveito, neste fim de ano, para desejar muito amor e alegria em suas vidas, que seu ano novo seja iluminado, com muita força e perseverança para continuar a seguir nosso caminho e não desistir de nossos sonhos, pois vale a pena sonhar, e mais ainda realizar... E lembrar da humildade, do olhar ao próximo, e que podemos sim ser pessoas melhores a cada dia de nossas vidas...

Peço também neste momento fraterno natalino e fim de ano harmonioso, pelo sorriso do oprimido, pelo cuidado ante a indiferença, pelos que sofrem, pelos animais que perdem seus habitats perante à ganância humana todos os dias, fadados à extinção...enfim, peço pela vida, em sua magnitude, que é tão preciosa, única, e seu sentido ainda está por seu compreendido por nós.

Beijo grande nos corações, FELIZ ANO NOVO!!!!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

VILA DE KIBUYE- KAMULI DISTRICT

Oi pessoal!

Cheguei hoje da Vila de Kibuye, que fica no distrito de Kamuli, aproximadamente quatro horas distante de Jinja. Vou trabalhar de segunda a quinta feira na vila e sexta feira fico com as crianças na Babies Home.

A ong Arise and Shine, na qual estou trabalhando, gerencia a Babies Home, pequeno orfanato onde ficam crianças que perderam os pais-principalmente em decorrência da Aids-, ou os mesmos não tem condições de cuidar de seus filhos, como também crianças com problemas físicos e mentais, dentro outras situações.

A mesma também possui projetos na vila de Kibuye, local onde a diretora da Ong, Sharon, nasceu. Lá os projetos atuais são de produzir velas e colares, como fonte de renda para as mulheres, ensinar a comunidade a fazer e utilizar um forno que evita a perda de calor e reduz o consumo de madeira, como também conduz aulas de alfabetização de adultos, educação sexual, higiene, etc.

Fiquei responsável por conduzir a parte de higiene e educação sexual, principalmente refente à prevenção e cuidados com HIV.

Segunda-feira, então, pegamos um matatu lotado-van considerada o taxi local-, e realizamos uma viagem de três horas até chegar a um distrito onde pegamos boda-bodas para ir até a vila, só eles chegam lá- fomos dois em cada com os colchões amarrados atrás.


Chegando na vila de boda-boda.

Foi incrível! Foi uma hora em cima de um boda-boda, que é uma moto que cabem até quatro pessoas, em estradas de terra com muita poeira- tudo fica laranja, até as plantas ficam todas laranjas da terra e poeira, e quando passamos pelas casinhas as crianças vinham correndo dar tchau para nós. Elas falavam "jambo, jambo!" que significa "Oi" em Swahilli e também em Luganda, dialeto falado na Uganda.


Crianças que vinham nos saudar no caminho para a vila.

Chegamos na vila, uma area rural onde as casas são cabanas feitas de tijolo, cimento ou uma mistura de solo, com tetos de palha, e foi nessas cabanas onde dormimos por três noites, na companhia de muitos sapos, pernilongos, aranhas e todo tipo de inseto. As meninas me apelidaram de "frog catcher", pois eu pegava os sapos de dentro das casinhas pra galera. O meu amigo da Cingapura tinha medo de pegá-los, e eu retirei seis da cabana deles! Fiquei feliz de ter trazido meu mosquiteiro comigo, porque sem eles iria sofrer um bocado- as meninas que dormiram na mesma cabana que eu, que são de Cingapura, foram sugadas pelos mosquitos, tadinhas.

Na vila não se tem eletrecidade, água corrente e nenhum conforto da modernidade, começando pelas cabanas de chão de terra. É como acampar, então pra quem curte um wild camping, não tem problema.

No outro dia fizemos uma trilha até o Rio Nilo, majestoso, sereno, sublime...LINDO! Na próxima vez que for lá vou tentar andar de barco com algum local, mas é relativamente perigoso porque não tem coletes salva-vidas, então qualquer coisa, precisamos nadar muito, hehehe.


Trilha para o Rio Nilo.

Árvore que parecia um cactus gigante. Incrível!


                                                                   Majestoso Nilo.
Pescadores no Rio Nilo.

Juma, membro da Arise and Shine, nos orientou sobre os projetos e saimos para fazer perguntas para as donas de casa sobre o tipo de forno que elas utilizam- Um novo projeto da Arise and Shine é ensinar a comunidade a fazer o Wood Saving Stove, forno modelado com uma mistura de terra, grama e um pouco de cimento, moldado a partir de troncos de bananeira, que ajuda a manter o calor e economizar madeira.

Forno que economiza madeira e permite uma menor perda de calor ao cozinhar.

Fizemos várias entrevistas, nos deslocando de uma cabana para outra (elas ficam separadas, a vila não é concentrada em um só local) o sol estava escaldante, mas foi muito interessante vivenciar essa realidade- pássavamos por muitas plantações de batata doce e encontrávamos muitas pessoas andando de bicicleta pelo caminho-principal meio de transporte lá, adorei! Senti saudades da minha bike- geralmente carregando bombonas de água retirada do poço, madeira ou comida. Quase fomos atropelados por bicicletas várias vezes, principalmente quando andávamos a noite.


Crianças que buscam água para ganhar algum dinheiro e as cabanas onde dormimos atrás.

Mulheres africanas e suas bicicletas. Lá não se tem carros!

Neste dia encontrei um grupo de senhoras da comunidade sentadas em uma sombra, como é lindo o jeito que elas se vestem, cheias de cores e vida!



Mulheres da vila com as quais iremos desenvolver os projetos de educação e geração de renda sustentável.

Lindas!

As pontas das ombreiras dos vestidos significam que são casadas. Nos apresentamos, com a ajuda de uma menina ugandesa como tradutora, pois elas entendem muito pouco de inglês, e combinamos os melhores horários de trabalho, pois vamos trabalhar apenas com elas, visto que as crianças estão em recesso escolar, então não vou ter a oportunidade de trabalhar com elas neste momento. Ao fim do dia, cozinhamos em fogo de chão, em cima de alguns tijolos, arroz e legumes, com uma grande fogueira para nos aquecer e iluminar- na vila, a iluminação é assim.


Preparando o jantar sob as estrelas.

No outro dia pela manhã eu e os outros voluntários que estão aqui comigo construimos um forno, e pela tarde demos início às nossas aulas na escola- as meninas da Cingapura iniciaram com a alfabetização de adultos e depois entrei falando alguns tópicos de higiene pessoal. Elas gostam muito de aprender, e foram muito gratas a nós. Conversei um pouco com Juma e ele me disse que muitas vivem com menos de um dólar por dia, abaixo da linha de pobreza- em um mês, isso daria menos de 30 dólares, ou seja, menos de 60 reais, arredondando um dólar para dois reais. Você conseguiria viver assim? Consegue imaginar sua rotina, principalmente a alimentar, dessa maneira? As vezes comem apenas uma batata doce e água durante o dia...

Os banhos lá, tomei apenas dois, com uma garrafa de água- se acabou, paciência, ou tem que buscar mais no poço-eles tem um poço que tiram água segura para beber e também para usar para cozinhar e tomar banho- que para muitos fica a quilômetros de distância.Você pode pagar algumas crianças para buscar água ou buscar por si caminhando.Lavar o cabelo, sem chance. É do jeito ugândes, água, preciosidade! As necessidades são feitas em uma latrina, esqueci de tirar fotos...


Lugar onde tomávamos banho, com uma vista para a plantação de milho. O vento batia no corpo livre, liberdade em um local incomum.

A noite preparamos comida novamente, e em nossa última janta tivemos tilápias pescadas diretamente do rio Nilo, uma delícia!

Voltamos cedinho pela manhã para Jinja, e pegamos os bodas novamente na primeira etapa. Os meninos foram todos juntos desta vez, 4 em um mesmo boda-boda! Eu fui em outra moto junto com a Yucadi.


Meninos indo embora da vila em um boda-boda! Atrás as meninas ugandesas que estudam desenvolvimento social, que vão ficar lá por três meses, direto.

As crianças novamente vinham correndo para dizer tchau apra nós, foi muito emocionante, eles adoram quando vamos para a vila...As emoções a cada dia aqui ficam mais fortes.

Chegamos em Jinja depois de longas horas de matatu, todos muito cansados e sujos por causa da poeira da vila, da estrada de terra.


Anas versão leão: laranja da terra, suja e com a juba totalmente descabelada.

Tomei um banho renovador, mas economizando água! Hoje mais do que nunca economizei água, e peço novamente para todos, apesar de sabermos a importância da substância da vida, não damos o real valor para ela... Nem muitas vezes para nossa comida, que temos acesso a toda hora, da melhor qualidade e variedade, que sejamos muito gratos por isso.

Logo é natal, e vamos passar todos juntos, fazer uma festa aqui em casa, pois muitos amigos nunca comemoraram natal, por virem de diferentes culturas, e no domingo iremos fazer a festa para as crianças na babies home- vamos decorar a casa com cores natalinas, vou fazer brigadeiro para elas e dar os presentes que comprei aqui com a ajuda dos amigos brasileiros.

Vamos fazer rafting no Rio Nilo e, se eu tiver coragem, bungee jumping! Irra!!!

Beijo grande nos corações!!!!

domingo, 18 de dezembro de 2011

JINJA e Babies Home...Gratidão!

Boa e bela noite queridos amigos e familiares, pessoas queridas que tanto estimo!

Estou em Jinja e pra começar bem, queria dizer que estou muito feliz aqui! Está tudo certo, a cidade é bem tranquila e calma, sem muito trânsito, tem bastantes árvores, muitas aves, umas parecem uns dinossauros- ainda não tirei uma foto legal, logo posto- as pessoas são amigáveis, estou realmente vivendo lindos momentos!

Gosto muito de conversar com as pessoas e saber sua história, afinal elas tem muito para contar.
Na sexta-feira, ficamos sem luz novamente, isso acontece praticamente todos os dias, então sentei na mesa da sala e, a luz de velas, fiquei sabendo um pouco da história da Hellen, uma menina do sul da Uganda...Estávamos conversando um pouco sobre o grande número de tribos que temos aqui no país, da rica diversidade cultural, e ela falou que vem de uma tribo do sul, que faz fronteira com Rwanda. Sua tribo foi fundada pelos seus avós, quando os mesmos estavam fugindo do genocídio prestes a acontecer em Ruanda- O problema começou na década de 60, após a desconolonização belga, gerando ódio entre as duas etnias lá existentes, os hutus e tutsis-, e assim muitos tutsis se refugiaram no sul da Uganda. Não lembro ao certo o nome da tribo agora, vou começar a anotar todas essa histórias, pois são tão interessantes...

Ontem fui à Babies home novamente e enquanto as crianças almoçavam fiquei conversando com algumas senhoras que lá trabalham, e elas muito simpáticas começaram a me mostrar em um mapa de onde elas vinham, a Beatrice contou-me que vem de um distrito do norte- Uganda tem inúmeros distritos, e Jinja fica no leste-perto de algum dos locais onde o Lord Resistance Army, uma guerrilha que assolou a fronteira norte do país atua, mas hoje está mais deslocada para o Sudão Sul e República Democrática do Congo. Perguntei a ela sobre a questão da fome na Uganda, se existem sérios problemas como a Somália, e ela me contou que em algums distritos são assolados pela fome no nordeste, devido ao clima seco, ao solo ruim, mas em geral a Uganda não tem grandes problemas em relação à fome como Somália ou Etiópia.

Hoje dei umas voltas por Jinja e tirei algumas fotos:

Uma das ruas principais de Jinja

Boda-bodas em jinja

Tem mini mercadinhos em todo o lugar por aqui, muitas frutas, legumes, verduras...

Comprei algumas verduras e conversei um pouco com Latifah, que está segurando o bebe, adoro como as mulheres de vestem aqui!

Omar, mocinho que me trouxe de boda boda para casa.

Casa que vivem os voluntarios e pessoas que trabalham aqui em Jinja, ela é ótima, o jardim é lindo e temos cachorros bebes, viva!

Mercado em Jinja

Perus esperando o Natal, tadinhos...Nessa hora estava tocando Jingle Bells em algum lugar, eu pedi permissão pro dono dos perus para tirar a foto.

De tarde, sai  com Angela, administradora da ong Arise and Shine e Jackson, menino que nasceu na vila de Kibuye, que tb trabalha na ong, irmão da Sharon, a diretora (em outro posto comento melhor da Arise and Shine) para comprar as primeiras coisas necessárias para a Babies Home com o montante que arrecadei antes de sair do Brasil...Amanhã vou terminar as compras, amigos, venho aqui novamente agradecer de CORAÇÃO...Fomos levar no final do dia na babies home o que eu, Angela e Jackson  e quando chegamos com as compras, as crianças vieram correndo,dizendo "THANK YOU AUNT ANA, THANK YOU"! muitas mal falam inglês, apenas Luganda...Todas ajudavam Angela a tirar as coisas do pacote com tanta alegria e felicidade, e elas viravam pra mim sorrindo muito e não paravam de agradecer...E eram utensilios de limpeza, sabonetes, toalhas, roupas, nem cheguei a comprar ainda os brinquedos de natal...E elas estavam tão felizes! Não aguentei, abraçei o Jackson e chorei muito! Eu estava sem minha máquina, mas amanhã, quando levar o resto dos mantimentos, vou registrar os momentos e postar aqui para vocês ok?

Devemos agradecer todos os dias pelo TUDO que temos, e pela vida maravilhosa, abençoada e digna que seguimos todos os dias! Na verdade são mantimentos de necessidades básicas das crianças, o amor, carinho e educação que elas necessitam, afinal, educação é o caminho para a vida hoje- teremos que batalhar muito para que elas consigam chegar a frequentar a escola...Esperamos que muitas sejam adotadas em familias que lhes dêem muito amor, carinho e condições de ter as chaves do conhecimento.

Minha missão aqui, como meu amigo Lelo me escreveu esses dias, levar esperança, alegria e amor e trazer muito conhecimento....

Obrigada novamente a todos que contribuiram, estarei indo para a vila amanha, sem eletricidade, sem agua corrente, sem confortos, então votlo a responder na quinta sobre as doações ok?

Hoje senti o verdadeiro significado da palavra que entitula este blog....GRATIDÃO.

Beijos nos corações, e tenham uma linda, harmoniosa e feliz semana natalina...fiquem em paz meus queridos!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Um pouco mais de Kampala e Jinja

Oi galera! Já estou recuperada, quase 100%, depois de um dia de molho em casa...pra quem me conhece não consigo ficar muito tempo parada, então foi realmente difícil ficar em casa sem fazer praticamente nada ontem, mas consegui recuperar bem.

Fiquei de comentar um pouco mais sobre Kampala, cidade onde passei os primeiros dias. É a capital da Uganda, pérola da África, e tem cerca de u m milhão e meio de habitantes. Aqui na Uganda, como em outros países africanos, o transporte público se dá por Matatus, que são pequenas vans, nas quais tive a oportunidade de andar para me deslocar da favela de Banda para o centro. Vi um dos maiores estacionamentos de matatus, realmente impressionante.



Além dos Matatus também tem os Boda-Bodas, que são motocicletas que levam até três pessoas. Em Kampala sem chance de andar, o trânsito é estremamente periogo, sinaleiro é só para enfeite aqui e a maior entrada de pacientes no hospital é devido ao uso de bodas- eles não tem capacete, pouquíssimos disponibilizam-então deixei para andar de boda apenas em jinja.


Aqui na Uganda, um país considerado pobre (não de amizade, cultura e coração!)  as pessoas vivem basicamente da agricultura. É possível ver mulheres carregando cachos de banana na cabeça por todos os lados, inclusive achamos vários mercados que vendem muitas bananas em todo canto, e é bem barato. Vou poder manter minhas bananas amassadas de café da manhã aqui, vivaaaa!

Não comentei com calma no outro post mas as pessoas me chamam de " Muzungo" aqui, que significa "branco" em swahilli, dialeto usado no leste africano, principalmente no Quênia. As crianças, principalmente, vivem dizendo "Hi Muzungo, Bye Muzungo!", e muitas vem correndo para abraçar, dar a mãozinha, são adoráveis, estou realmente tendo ótimos momentos aqui.


                                                         Crianças perto de Banda


Criança FOFA que veio correndo atrás de mim dizendo que eu era amiga dela aaaaah florzinha, você é sim minha amiga!

As próximas fotos são do grupo de dança que conheci nos jardins da universidade, todos são universitários e fazem apresentações regularmente. São da tribo baganda, que é mais da Uganda central, da área de Kampala, aqui em Jinja já são outras tribos, com outros tipos de dança. Essas imagens vão especialmente para o grupo Abayomi da Ufsc!


Bom amigos, para responder algumas perguntas frequentes, estou super bem, me alimentando bem, a comida é ótima, durmo com mosquiteiro, fiz uma super cabaninha pra mim com ele haha, nas casas aqui não temos água quente, mas somos privilegiados por ter água...A luz cai várias vezes durante o dia, mas novamente, temos que agradecer por te rluz por aqui... Estou fazendo muitos amigos, locais e internacionais, e hoje fui pela primeira vez na Babies Home da Arise and Shine. As crianças são uns amores mas super elétricas, brinquei com elas por horas, elas querem subir no colo, carregava 3 ao mesmo tempo algumas vezes, e bom, elas adoraram meu cabelo amarelo, voltei cheia de trancinhas... Não tirei nenhuma foto hoje, então no final de semana ou semana que vem faço mais post´s com imagens.

Grande beijo de uma Muzungo brasileira no coração da África!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Primeiros dias na incrível UGANDA!

Olá Amigos!!! Fiz este blog para poderem acompanhar minha jornada pelo continente mãe, como também saber um pouco mais sobre a cultura e realidade africanas.

Essa aevntura tem início em UGANDA, país tido como a pérola da África- um local dividido em reinos, apesar da presidência, e são cinco reinos onde possuem líderes culturais de diferentes tribos. A lingua oficial é o inglês mas em Kampala, capital, onde me encontro no momento, a língua mais falada é LUGANDA, e a palavra Sanyu, que entitula este blog, significa felicidade em Luganda, sentimento que tive ao chegar aqui e encontrar tantas pessoas queridas que já viraram amigos.

Bom, os primeiros dias foram bem intensos, cheguei na casa de intercambistas em Kampala após pegar alguns vôos até Entebbe, na Uganda, onde vim de carro para Kampala. Chegamos a noite então não deu pra ter uma ~grande noção do local, mas vim para uma casa de intercambistas da AIESEC, que fica em Banda, um favela aqui. Para quem já viu o filme O Jardineiro final, lembra muito a favela de Kibera. É super tranquilo e calmo, me sinto plenamente confortável aqui. Na casa tem gente do mundo inteiro fazendo intercâmbio, Japão, China, Quenia, Tanzania, Austrália, Noruega, etc.


Favela de Banda, onde passei as primeiras noites em Kampala.
No primeiro dia já fomos a uma festinha aqui e uoooou o povo gosta de dançar!!! Nem preciso dizer que adorei né? Fui embora cedo pois estava cansada dos vôos, e no outro dia bati perna por Kampala com meus amigos chineses, um do japão e uma menina do Quênia. Almoçamos comida típica, e um menino pediu comida para nós no restaurante, convidei-o para sentar na mesa com a gente e dividi meu parto com ele. Conversamos um pouco e ele disse que não tem dinheiro para pagar a escola-a uganda não se tem escolas públicas, e tem que trazer dinheiro para casa, as vezes mal consegue para comer...Foi bem triste, afinal ele terminou e foi embora e eu realmente não saberei sobre seu destino...Muitas similaridades com nosso Brasil não?

Comendo comida típica em Kampala com meus novos amigos! Gueri da China, Joan do Quenia e Jim  também da China.

Kampala é uma cidade bem diferente, tem muita poeira, construções antigas, muitas aves gigantescas-Uganda tem a maior diversidade de aves da Africa, e pude ver muitas mulheres carregando cestas e várias coisas na cabeça, no meio da cidade. Minha amiga do Quenia disse que isso é mais comum em áreas rurais no Quenia, mas em Kampala ocorre um mix de tudo.


Fiz muitos amigos já em poucos dias de várias partes do mundo, são pessoas muito queridas e amáveis, guardarei no coração!!!

Tumain Mtui, from Tanzania; Inoccent, from Uganda; Me and Ras Karigo, from Kenya. Amazing friends, really glad to met you guys.

Pude ver também uma dança típica de meninas da tribo baganda, que estavam treinando no jardim da universidade. Foi lindoooooooo me arrepiei inteira! Eles me chamaram pra dançar e falavam muitas coisas em Luganda, como "vai muzungo, dança ai" hahaha mas foi meio dificil no começo, tem que ter muito remelexo, vixxx! Muzungo significa branco em Luganda, todos, principalmente as crianças, me chamam de Muzungo por aqui a toda hora.

Vim apenas hoje para Jinja e é bem diferente, é bem mais tranquilo, parece aquelas cidadezinhas pequenas de interior, mas ja cheguei e fui pro hospital pois peguei uma infeccção bacteriana, estou com um febrão, mas amanhã estarei melhor. Acredito que trouxe do Brasil comigo, hehehe. Graças não é Malária, o período de incubação dela é mais de uma semana. Os médicos foram uns amores, tudo correu bem.

Tenho mil coisas pra falar e mais fotos para postar, amanhã mostro mais, mas preciso descansar para estar melhor amanhã, na segunda começarei a trabalhar na Arise and Shine! Amanhã óu depois de amanhã, se ficar melhor, posto mais notícias de Jinja.

Beijo grande no coração!!!